sexta-feira, 10 de abril de 2009
gravura inacabada
xilogravuras: uma imagem em travessia
goiva em "_" goiva em "U" goiva em "V"
uma xilogravura toda em _; uma toda em U; uma outra toda em V;
uma mesma três gravuras
descartar o "certo" (aquilo que o uso instituiu como modo de fazer ideal para determinado resultado)
para entender o não-usado (o desconhecido, talvez o difícil)
estudos das formas
e das contraformas
e das contraformas
reflexões de bordo
tautologia. o que o artista busca no estudo da forma - em uma pesquisa de nuvens -, cetamente não está ligado à tautologia.
Não se grava nuvens pela sua simples forma. Ele também não trata a experiência de gravar nuvens como um mero exercício - o desafio de tratar a graciosidade, a leveza, o diáfano em tão duras e rijas fibras de pau-marfim.
É certo que os estudos e uso de certos recursos - intervenções feitas sobre as Provas de Estado, os procedimentos de fototransferência e o uso do papel carbono - estão ligados a uma busca pela verossimilhança, à fidelidade da imagem e a um cuidado representacional. Entretanto, todos estes procedimentos devem revelar-nos um desvio. É exatamente pela busca da fidelidade da imagem das nuvens que o artista vai garantir o caminho para transcender a sua forma.
O que está em jogo em todo esse exercício não vai ser a forma pura e simples, mas algo que se esconde nela. Um mistério onubinubilado pela excessiva claridade que atravessa a experiência direta entre nós e elas.
O estudo intensivo da forma dá ao artista formas de experiência com as nuvens. Procura-se algo que tenha a ver com a gradeza. Com a infinitude. Com o céu. Com as toneladas de nuvens levíssimas. Com a vista do fundo de um mar de atmosfera.
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